Procuramos todos a felicidade ao longo de toda a vida… Esse é o nosso maior desejo, desde sempre! Então, começamos as nossas buscas. Uns querem-na encontrar nos bens materiais, outros no amor, outros ainda nas carreiras profissionais, ou ainda nas viagens ou na religião, ou tudo em conjunto, sem se perguntarem verdadeiramente: o que é a felicidade? Será que se vende aos pacotes no supermercado? Ou será que podemos até fazer um canteiro e ir verificando se semeamos bem para depois fazer a colheita? De facto, pode tornar-se a questão mais simples ou a mais complexa da nossa existência!
Criamos crenças em torno da felicidade e damo-nos conta que matamos a nossa alegria de viver, porque não vivemos, nem apreciamos as pequenas coisas que nos fazem verdadeiramente felizes, que nos aquecem a Alma e nos fazem materializar essa mesma felicidade, reflectindo, como um espelho, essa apreciação e devolvendo- a a tudo e a todos os que nos criam essa mesma felicidade, como forma de gratidão e humildade. A felicidade atrai a felicidade, é só uma questão de valorização: em que é que nós depositamos mais o nosso olhar? Não é simples, mas é possível, pois basta criarmos novas crenças no mais positivo, criando maior dinamismo.
Quando enfrentamos desafios na vida, verificamos que a felicidade é sobretudo a lucidez de assumirmos quando nos sentimos infelizes e amorfos, tomando consciência do reflexo do potencial que existe dentro de nós. Quando admitimos a nossa fragilidade tornamo-nos mais fortes, engrandecendo e acessando a um espaço interno de maior coragem e autenticidade, sem medo. Quando passamos por momentos de amargura e nos prostramos perante a vida, abandonando-nos ao que está certo, a leveza aparece como um milagre que nos leva ao colo e a sincronicidade da vida acontece. Surge então o alinhamento que tanto ansiámos, que nos devolve a alegria de viver, criando a plenitude com o nosso Eu e com o que nos rodeia.
É natural como seres sensíveis que somos, nos questionarmos, por vezes, sobre as nossas escolhas e como fazer melhor a cada momento, pois isso faz parte da aprendizagem e torna-nos pró-activos! Assim como alterarmos o espaço de conforto e entrarmos no nosso espaço de desconforto e, ainda assim, não desistirmos do que nos faz mais sentido. É como se descobríssemos um espaço invisível no nosso interior, como um mapa do tesouro pessoal, mas permanente, na nossa consciência e na nossa felicidade interna e, por acréscimo externa. O verdadeiro rejuvenescimento é quando associamos a nossa pureza de criança interior e a nossa mestria de sábio que põe na prática todo o conhecimento adquirido, depois de ter sido reflectido, ponderado e verificado no quotidiano.
Não existem “receitas mágicas”, mas sim empenho e dedicação. Ser incessante e permanente ancora-nos à energia da nossa Essência, revigorando o que há de mais belo e de sublime em nós: o amor puro, o segredo de ser simples nos nossos comportamentos, a luz da doçura que nos religa, a paixão que nos arrebata e nos confere aquele brilho especial que reflecte a imagem de Deus em cada um de nós, traz-nos a alegria que nos rejuvenesce! Ter a ousadia de sermos quem somos a cada momento, com rejubilar, e a consciência de espalhar sorrisos genuínos, transportando a cura a cada momento em nós, para nós e para os outros. Defendermos sempre aquilo em que acreditamos com maturidade e sermos fiéis aos nossos valores, com flexibilidade na reflexão dos nossos erros para nos melhorarmos, é fruto da escuta com atenção da voz do nosso coração, seguindo-o como uma bússola.
Sermos um exemplo de vida também pode ser uma fonte de felicidade, assim como escolher um trabalho que nos apaixona e isso sente-se em tudo o que fazemos e criamos, pois damos expressão à nossa caminhada de Alma. Quando apoiamos alguém que amamos estamos a dar maior alegria à sua vida e à nossa também. Curamos partes de si e em nós, fazendo uma maior diferença para um mundo melhor e extraordinário, que tanto queremos vislumbrar.
Agradecer aqueles que nos amam e nos apoiam incondicionalmente, amando- os também de igual forma e abraçando-os num pulsar cósmico desenvolve um reconhecimento celular que nos legitimiza e alenta. Dedicar o que escrevo aos que mais amo dá-me força e coragem para continuar a minha Caminhada de Alma, seguindo assim as minhas directrizes no caminho que escolhi e tornando-me consciente a cada momento com alegria e encanto.