Ao descer à terra, a alma escolhe o seu propósito, e com o seu propósito, as suas crises existenciais! E nada nos surge na vida que não possa ser ultrapassado. Pois viemos com toda a bagagem necessária que minuciosamente trabalhámos em outras vidas para ser aplicada devidamente, no tempo certo. Nesta vida actual!
Este tempo terá de ser devidamente apreendido no interior, e certamente é encaixado com sabedoria na resolução das situações que a cada momento surgem para o avanço da caminhada da alma.
Só que o ser fica amarrado à dor e prefere vitimizar-se, para eventualmente encontrar um salvador da pátria de si, em vez de se tornar livre e se salvar a si próprio.
Então? Queremos vestir o papel de ”calimeros” ou de” super- estrelas”? É uma escolha!
Que papel queremos verdadeiramente desempenhar nas nossas vidas?
Está na hora de escolher! Larguemos as mágoas que o papá e a mamã inicialmente puderam projectar para cima de nós, pois era a missão deles e nós escolhê-mo-los!
É o momento de largar as amarras que não nos deixam avançar e alcançar a felicidade. Essa felicidade que tanto criámos na ilusão e não tornamos realidade pelo medo que nos paralisa, porque estamos sempre a colocarmo-nos à mercê dos outros. Porque teimamos em não querer legitimarmo-nos e achamos que os outros sabem melhor cuidar de nós do que nós próprios.
Não faz sentido! Os outros também somos nós e também pretendem depositar a sua auto-responsabilização e a sua vida nas nossas mãos. Grande responsabilidade! Só podemos dar e partilhar o que já temos em nós, porque se não, não é real.
Sabedoria, coragem e força são essenciais para ultrapassar situações desconfortáveis, para a transformação depois das crises existenciais e para poder renascer um novo ser de si em si. Vestir uma nova pele de si, uma nova face.
Já tirámos, já despimos, já limpámos, já olhámos para as cicatrizes, já amámos essas mesmas cicatrizes porque são nossas e são lindas!
A dor pode ser por vezes esmagadora, mas também é transformadora. Temos é que saber ver isso. O acaso não existe e se algo acontece é certo para a nossa aprendizagem. Não temos logo que saber as respostas do ‘’Porquê eu? Porquê a mim?!’’ Mas sim, a resposta está aí e virá!
Temos que largar as resistências e tomar uma atitude positiva e com certeza o universo conspirará a nosso favor.
Não temos que ter uma atitude passiva, mas sim agir em conformidade e com determinação. O tempo também é curador de feridas, sobretudo quando aprendemos a largar e a colocar um olhar de análise perante cada situação vivencial.
Sejamos o amor puro no que somos!
Sejamos! Ousemos chorar! Ousemos sorrir! Mas não deixemos de ser nós próprios!
Escolhamos cada momento para pedirmos ajuda, não para nos sentirmos desconfortáveis com alguma situação que alguém nos causou; mesmo que não haja receptividade, abramos os nossos corações, pois, meio caminho andado já estará feito, Cada um terá feito a sua parte. Ofereçamos o nosso sorriso de agradecimento: mesmo que não sejamos entendidos, já estaremos a curar as nossas feridas e a dos outros também. Vivamos no Ser e não no parecer. Não deixemos mágoas para depois atirarmos à cara seja de quem for, como forma de manipulação, mesmo inconsciente. Isso não é justo para ninguém. É melhor dar um grito à janela, mas não gritar com o outro se a mensagem não for para ser passada dessa maneira. Podemos ser firmes sem alterarmos a nossa voz. Porque assim, saberemos o que é a comunicação assertiva. Ninguém nos vai pôr de castigo, a não ser que nós próprios nos coloquemos nesse papel.
Onde é que queremos acontecer?
‘’Transformar-te no amar-te’’ é o acto maior que nos podemos oferecer uns aos outros.
É necessário encontrar um espaço interno onde tudo acontece, onde tudo é! É no meio do caos que a ordem surge.
A vida é um puzzle, e tudo se encaixa no devido momento.
É a escrita de cada história que se vai entrelaçando entre várias histórias, que constrói a história da Humanidade.
Não estamos sós, não podemos desistir de nós ou pelo menos não devemos porque somos todos peças essenciais para a grande construção do Todo.
Devemos honrar até a nossa miséria humana, para podermos vivificar a nossa vitória de grandes guerreiros de luz que somos.
Glorifiquemos os arquétipos do melhor que nos foi dado como herança dos grandes mestres, que também estão em nós!
A mensagem é simples: somos todos estrelas vindas do céu, que só querem aprender a amar para verdadeiramente se unificar.
Cada pedaço de nós é uma centelha de cada um. Cada chegada é um ponto de partida, cada história é um “conto de amor” que nos narramos, uns aos outros, mesmo que por momentos sejam os nossos gritos internos que não são expressos da melhor forma. O mais importante é saber reconhecer e alterar para melhorar a cada instante. É saber largar quando já não é mais necessário para a aprendizagem, para não andarmos à volta de nós mesmos e cairmos na armadilha do ego, que só nos vai impedindo a trajectória da evolução da alma. É preciso saber libertar o “velho” para acolher o “novo”. Cada espaço de transformação de si, é uma porta aberta para a sua grandiosidade. Tenhamos Coragem.
Olhemos para o céu, o amar está em toda a parte, basta querermos ver.
“Nós somos um ponto de luz”, numa luz maior. É só reflecti-la!
Brilhemos no amor, porque ele cura. Só ele cura! É só relembrar de que somos fruto da Fonte do Amor Puro. Vivamos a vida com compaixão com paixão!